Thaís Cintra

Diretora de Mídia - iProspect

thought leadership

A tecnologia vem provocando uma revolução sem precedentes.

Olhando para trás, num passado não tão distante, penso em como minha vida seria muito mais difícil sem ela.

Hoje, quando viajo a trabalho e bate a saudade, converso com a minha filha através de um app de chamada de vídeo e logo tranquilizo meu coração de mãe vendo aquele sorriso sapeca de derreter corações.

É por meio da minha filha também que observo os novos hábitos de consumo de conteúdo, ela quer decidir por conta própria qual o desenho da vez, sem delimitação de horário, nem de idioma.
Sob a minha ótica penso na facilidade de me locomover para reuniões com os clientes e de alugar um imóvel para passar o fim de semana na praia.

A tecnologia já está tão inserida nas nossas vidas que nem passa pela cabeça como seria possível viver sem ela, mas, por trás de todas essas mudanças, existe uma reestruturação das organizações para se adaptar e se reinventar diante dessa realidade que muda todo dia e não é vista por quem consome essas tecnologias no seu dia dia, uma reestruturação que denominamos de transformação digital.

E, afinal de contas, no que a transformação digital impacta para nós, mídias, para nossa posição e papel dentro de uma organização? A resposta é uma só: somos agentes dessa transformação.

As plataformas digitais e os canais de mídia estão em constante mudança, realizando melhorias para atrair mais usuários ou retê-los por meio da melhor experiência e da sofisticação de seus algoritmos e formatos, visando também trazer resultados cada vez melhores e mais efetivos para os anunciantes.

Com isso, os mídias passam a ter um papel que vai além do planejamento de meios que endereçam todos os momentos da jornada do consumidor, precisamos ter um olhar mais aprofundado sobre eficiência, sob a ótica do resultado que os dados e a tecnologia podem nos proporcionar com um ecossistema de ferramentas que denominamos de MarTech.

Esse ecossistema está cada vez mais sofisticado.

Ele considera todas as ferramentas tecnológicas necessárias para uma eficácia maior na compra, entrega e otimização de mídia.

Esse ecossistema normalmente conta com plataformas ou tecnologias para coletar, segmentar (DMPs) e enriquecer as audiências (data providers).

Conta também com ferramentas de compra de mídia (DSPs) linkadas ou plugadas a otimizadores que, com parâmetros, aumentam e diminuem os lances entre segmentações e grupos de campanhas em tempo real. Outro ponto importante é a entrega de peças criativas em escala através de DCO e data visualization automatizados em tempo real, considerando não só os KPI’s de mídia, mas também os de negócio, permitindo a mudança de rota no planejamento de canais em tempo recorde.

Além do MarTech, ainda temos o monitoramento da performance do inventário da compra de mídia: viewability, brand safety e ad fraud, para garantir que a campanha esteja sendo realmente visualizada, sendo entregue para o público correto, em conteúdos apropriados e sendo vista por humanos.

Ou seja, tecnologia é tudo o que permeia a posição de mídia atualmente, trazendo junto de si o papel da transformação digital tão almejada pelas organizações.

Não existe mídia digital sem tecnologia, não existe transformação sem os agentes disseminando essa cultura.

Seria muita pretensão delegar esse papel exclusivamente à área de mídia, porque para uma organização, seja ela uma empresa ou uma agência de publicidade, realmente realizar a transformação digital é necessário o empenho comum de todas as áreas, mas, sim, hoje somos uma peça fundamental para essa transformação.

Artigo originalmente publicado em: https://propmark.com.br/inspiracao/o-que-inspira-thais-cintra-diretora-de-midia-da-iprospect/